quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pêra de minuto.


   Maçã de hora, abóbora que enrola; goiaba sem aba, morango feito orangotango, manga com gola, passarinho miudinho e é o tal do corrupião e cantando está ele o nosso lindo hino nacional...
  Brasil de 1500, Pau-Brasil, índios, nascimento e em outrora o fruto dessa hora que honra o momento a glória do existir, quem sabe, em homenagem as frutas desta horta.
   Rio que desce; São Francisco, Amazonas, Xingu e outros e no mar finalizam seus destinos sem fim, pois nascem todos os dias feitos sol eterno, querido e dourado neste céu que é mais azul.
   Aldeias de jardins, esquecimentos do fruto conde, romã quem sabe de Roma, África ou Portugal e a melhor fruta por aqui é ela, a existente em todo o pomar.
   “Se tudo viste, se em tudo cresse,” Ordem e progresso, do contrário, sei não meu sertão deste país, sei não como formigas deste chão que cima de mim já passou um caminhão como nessa formiguinha que era dali.
   Dali daquele formigueiro onde agora não se vê mais ela subindo aquele morro de terras para entrar pelo buraco onde era a porta da sua casa, que pena. Que pena! Foi-se a formiguinha brasileira deixando saudades neste chão.
   Agora e mais tarde no caminho vem dom Camilo celebrar a missa para a coitadinha, fiéis das menoridades de vida, mais um monte de gente, índios em comunhão, meu Deus! Deixe abrir aqui não neste verde chão, estradas de caminhão.

  Do livro "Amazonas natural".

Jorge Luiz de Moraes

Nenhum comentário:

Postar um comentário